Restaurar a natureza europeia

Cerca de 80% dos habitats naturais da União Europeia estão em estado degradado. Numa década decisiva para reverter os impactos das alterações climáticas, é importante que a UE reforce o seu compromisso e o seu programa em reverter esta tendência.
A Lei do Restauro da Natureza, apesar de pouco ambiciosa, estava encaminhada para cumprir este objetivo. Mas acabou por ficar na gaveta após alguns Estados-Membros ameaçarem que não iriam votar a favor da sua implementação. No sentido de dar seguimento a esta lei e torná-la mais ambiciosa, propomos que todos os Estados-Membros:
* tenham pelo menos 50% da sua superfície florestada (de acordo com o que é natural e histórico em cada região biogeográfica);
* promovam ativamente a posse e gestão pública, apontando para, pelo menos, 50% da área florestal;
* salvaguardem nos territórios prioritários atuais - e antecipando migrações de espécies por pressão das alterações climáticas - pelo menos 10% de florestas autóctones (no mínimo, 8 espécies nativas) para a biodiversidade, programando uma transição para os 20%, ao longo da próxima década.